Em quarentena fora do país, músicos brasileiros contam sobre ações para a cultura

 


Quais medidas outros governos estão tomando em relação à cultura? Como a classe artística tem se organizado?


O Minc (Ministério da Cultura) foi criado em 1985, por José Sarney, no período da ainda quebradiça redemocratização. Desde 2016, quando um golpe de estado tirou Dilma Rousseff, primeira presidenta brasileira do poder, Michel Temer (PMDB) assumiu, em 12 de maio, ainda na condição de “presidente em exercício”, anunciando que faria a fusão dos ministérios da cultura e da educação. Ficou claro, naquele momento, que as duas pastas não seriam mais prioridade neste país. Depois de muita pressão popular, quando edifícios ligados ao extinto ministério foram ocupados por manifestantes – que também foram às ruas – Temer anunciou a criação de uma secretaria para a cultura, subordinada à Educação. A pressão continuou, e antes que o secretário nomeado tomasse posse, no dia 23 de maio de 2016, Temer recriou o Ministério da Cultura. Em 2019, a posse de Jair Bolsonaro significou o derretimento das políticas públicas voltadas para a arte e para a cultura. Mais uma vez, o Minc foi extinto. Em 2020, uma crise sanitária planetária – que já matou, até a edição final deste texto, mais de meio milhão de pessoas – fez com que eventos culturais em todo o mundo fossem cancelados. 

O Senado brasileiro aprovou em 4 de junho, a Lei Aldir Blanc, de autoria da deputada Benedita da Silva (PT RJ). O projeto de lei 1075/2020 homenageia o compositor e escritor carioca que morreu vítima do coronavírus em maio. Depois de quase quatro meses de pandemia, sem nenhuma ação voltada para a classe artística, o presidente da república, que extinguiu a pasta da cultura, sancionou no dia 30 de junho a quantia de mil e oitocentos reais aos trabalhadores do setor cultural. Poderão receber, em três parcelas de 600 reais, quem não tem emprego formal, não recebe aposentadoria do estado ou já participa de outros programas assistencialistas do governo – como o auxílio emergencial – com exceção do Bolsa Família. Já Casas de show, teatros e espaços culturais podem conseguir de 3 até 10 mil a fim de não fecharem as portas – como vem acontecendo desde o início da crise. Estas organizações vão ter que “pagar” com a contrapartida de eventos gratuitos no futuro. Ao todo, a lei prevê o repasse emergencial de até 3 bilhões. Esse valor será tirado do Fundo Nacional de Cultura, portanto, são recursos que já existem no Tesouro e já haviam sido previamente aprovados para serem destinados à cultura. 

Mesmo após tanta espera, o presidente não concordou em assinar em relação ao prazo máximo de 15 dias para as pessoas receberem a quantia. Ao contrário, vetou esta medida que exigia uma certa agilidade na distribuição dos recursos, mas deu um prazo máximo de 120 dias para os estados e municípios – que serão os responsáveis por fazerem os repasses – devolverem a quantia que, porventura, não for utilizada. O cadastro será feito localmente pelas secretarias municipais ou estaduais de onde o artista e demais atuantes do setor vivem e trabalham. 

Como sobreviver sem shows quando não se ganha dinheiro pelo streaming?

O repasse de dinheiro pelas execuções de discos e músicas nas plataformas streaming é baixíssimo, a realidade é que quase todo artista sobrevive do dinheiro que faz nos shows – com bilheteria, cachê e venda de produtos de sua banquinha. Direito autoral é para quem nunca saiu da curadoria das principais rádios e/ou está na trilha sonora da novela. Recentemente, chegou a circular uma matéria contando sobre o porquê de músicos britânicos estarem se revoltando com as plataformas de música. “As proibições de apresentações ao vivo deixaram muitos músicos britânicos no limiar da pobreza”, revela a introdução do texto. 

Uma das ações do Spotify foi criar o Covid-19 Music Relief. Primeiro, a ideia era repassar doações voluntárias de fãs a organizações que estão ajudando profissionais da música em situação de vulnerabilidade. Logo depois, a plataforma abriu uma nova opção, e agora cada artista ou banda, em seu próprio perfil, pode acrescentar um botão e escolher uma forma de receber gorjetas de seus ouvintes diretamente em uma conta virtual (paypal e afins). O desafio é grande, já que será preciso inserir este hábito de contribuições voluntárias aos usuários de streaming – que já pagam uma mensalidade à plataforma, além de ser preciso levar em conta que muitos fãs também estão com a renda comprometida. “Sim, estou lutando e sim, o botão está lá para doar. Mas não, isso não ajudou e, novamente, não me sinto confortável em promovê-lo quando há outras pessoas que precisam ainda mais [do dinheiro]”, falou o músico Domenic Palermo, da banda Nothing à Rolling Stone norte-americana.

Como alternativa às datas em festivais e casas de show, o Twitch, plataforma usada por gamers, ganhou a indústria da música. O esquema das gorjetas, como contrapartida pelas lives, é uma das apostas da plataforma. E essa mesma matéria da RS conta que o criador da plataforma Spotify for Artists, Tracy Chan, estava aliado ao chefe do Twitch para aprimorar a ferramenta de transmissão ao vivo voltada para artistas da música e seus fãs. A Pitty já tem o seu twitch.tv/pitty e é uma das artistas brasileiras atuantes na plataforma.

Entrevistei quatro artistas brasileiros, que estão morando fora do Brasil, para entender quais políticas públicas já foram adotadas pelas autoridades destes países a fim de ajudar os profissionais da cultura. Também quis ouvir outras ideias que os próprios músicos e produtores locais estão testando. Diante da imprevisibilidade, hackear formatos que estão dando certo, pode ser uma forma de encontrar caminhos. 


Wonder Bettin, 34 anos, brasileiro de Londrina (PR) chegou em julho de 2019 na Alemanha. Desde então, mora em Berlim, onde trabalha com produção musical em um estúdio e faz parte das bandas The Client Said No e Pirilampos. No Brasil, ele tocava na Sabonetes (que se tornou Esperanza), e segue, à distância, com a Naked Girls and Aeroplanes, além de outros projetos. 

A ideia é sempre aproveitar as vindas ao Brasil para agendar shows. Em fevereiro, por exemplo, tocou com a Naked no litoral do Paraná e no Balneário Camboriú. Dia 20 do mesmo mês, pegou o voo para sua casa alemã. Menos de uma semana depois, o primeiro caso da Covid-19 foi registrado em São Paulo. 

Junto a Pirilampos, banda de ritmos africanos formada quase que 100% por estrangeiros, chegou a fazer uma última apresentação em Berlin, no dia 13 de março. Uma semana antes de todas as apresentações serem suspensas. 

Wonder Bettin em seu home studio, em Berlim

O governo de Angela Merkel foi um destaque positivo no combate à pandemia. O estado garantiu que o povo pudesse aderir ao isolamento social e os casos foram controlados. Evitando ao máximo sair, Bettin conseguiu manter boa parte do trabalho em home-office. “Eu sou produtor de trilha, a maior parte do meu trabalho é dentro de estúdio. Trouxe as minhas produções para dentro de casa, às vezes faço em home estúdio, e quando é mais complicado, vou para o estúdio”.

Um edital, à nível estadual, referente à região de Berlim, foi aberto – pelo próprio governo – para garantir a sobrevivência dos profissionais freelancers. E isso inclui artistas, não apenas da música. Foram disponibilizados 5 mil euros, por CPF, para quem tivesse sendo afetado financeiramente pelo lockdown. O cadastro era feito on-line, e, segundo Bettin, em pouco tempo o direito – e o dinheiro – estavam garantidos. Só era preciso comprovar que aquela quantia realmente tinha sido perdida devido à pandemia. Os estrangeiros residentes em Berlim puderam receber, desde que estivessem registrados como moradores e atuassem legalmente como freelancers, pagando todos os impostos.

https://www.youtube.com/watch?v=-fzV5hqPgpY

A indústria da música eletrônica, mais forte na região, mobilizou clubes de Berlim que, temporariamente fechados, criaram a “United We Stream”. Foram organizadas transmissões diárias com DJs da cidade e para divulgar, usaram até mesmo frontlights (aqueles painéis de led que ficam em ruas e avenidas) com a contagem regressiva para a próxima live: “Faltam 10 horas para o stream tal…”.


Larissa Conforto, 29 anos, se mudou para Lisboa há cerca de um ano. A Ventre, trio do Rio de Janeiro em que atuava como baterista, tinha anunciado o fim do projeto e ela passava por processos de descobertas com a intenção de encontrar narrativas para sua vida artística. 

Em uma residência no CCSP, em 2019, à convite do jornalista e curador musical Alexandre Matias, Larissa estreou solo, em ÀIYE, como multiartista. Depois de várias performances em festivais, casas de show, na rua, e em galerias, ela lançou, em 20 de março, no começo da pandemia no Brasil, o primeiro disco: Gratitrevas

https://www.youtube.com/watch?v=1OJmKpYmYpM&list=OLAK5uy_lHsr2bZPUho5hca3qOrKmZRFj8ZTgdWd8

O plano era fazer o primeiro show de lançamento no Brasil, e no final de março, pegar um voo para o Japão onde ficaria cerca de um mês em turnê. Em maio, estaria de volta para sua casa em Lisboa. “De repente eu fui vendo tudo caindo. A Espanha começou a ter casos muito extremos, depois Portugal decretou estado de emergência, as fronteiras se fecharam”.

Sem poder voltar, Larissa foi abrigada por amigos em São Paulo, e tem proposto encontros via Zoom para discutir soluções para a crise que impacta diretamente a cultura.

Nessa circunstância, Larissa fala sobre a precarização do trabalho dos artistas, que em meio à crise, estão sendo obrigados a produzir tudo de graça ou a entrar em festivais de empresas para se divulgarem, sem receber cachê. 

Portugal tem uma política assistencialista mais robusta, além de terem muitos fundos para a cultura. Larissa conta que as festas via Zoom e Twitch já eram uma tendência, e em Lisboa, casas de cultura com muitos não-portugueses organizando rolês têm usado as transmissões para promoverem eventos à distância. “Galerias e espaços de cultura estão fazendo encontros no Twitch com gente do mundo todo”. Ainda que essa cultura de festas on-line já estivesse mais inserida no país, Larissa observa que os brasileiros estão mais engajados para encontrar soluções em conjunto.

Ela participa do ‘As mina tudo’, que promove saraus, por videoconferência, com microfone aberto. Também participou da edição on-line do Girls Rock Camp, e criou uma oficina de ritmo para crianças. Foi durante essa aula que ela se pegou pensando o quanto o acesso ao novo, ao inédito, era o que despertava a atenção. “Elas queriam falar, conhecer alguém novo. Percebi o quanto a gente precisa construir novos afetos, pontes, ideias, coisas que tiram a gente da zona de conforto”. Sobre a necessidade de encontros com o imprevisto, Larissa faz um paralelo com a plataforma Chatroulette, criada há mais de dez anos, e que voltou a ser ainda mais usada agora, justamente por proporcionar a construção de uma ponte com alguém pela primeira vez.

Estrutura que Larissa Conforto montou para transmissão ao vivo feita na quarentena

“O Brasil está muito focado em lives e eu não acho que o Instagram é uma boa plataforma. Eu sinto que as pessoas querem se comunicar”, me contou. Percebendo a necessidade de conhecer pessoas, ela propôs que depois de sua apresentação no projeto Sala de Casa, da Casa Natura Musical, quem tivesse acompanhando a live fosse para uma conversa no Zoom. “Eu não quero tocar somente para as pessoas verem, eu quero conversar”.

Larissa acredita que encontros plurais são um caminho a imaginação de novas perspectivas, principalmente para quem trabalha com música. “Tenho encontrado, semanalmente, com um grupo que estuda ritmos de resistência do mundo todo”, exemplifica.


Jair Naves, cantor e compositor com dez anos de carreira solo, membro fundador da Ludovic, lançou, em 2016, o duo NavesHarris, com sua esposa Britt. Mora em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde passou pelo período de isolamento no país mais afetado pelo novo coronavírus. Durante a quarentena, em 29 de maio, Naves lançou o single Irrompe (É Quase Um Milagre Que Você Exista), primeiro de um novo disco, sucessor de “Rente” (2019). 

Sua imigração não tem a ver com a escolha de um novo país para morar e tentar viver de música. “As pessoas costumam pensar que foi um negócio tipo “ah, vou tentar a sorte como músico nos Estados Unidos”, mas não definitivamente não foi o caso”. Ele e Britt Harris se casaram no Brasil, onde viveram um tempo juntos em São Paulo. Depois, chegou a vez de Jair Naves ir para o país dela, onde nasceu e cresceu. 

“Los Angeles é a capital do entretenimento no mundo, o que tem muitas vantagens e desvantagens para alguém na minha situação. O lado positivo é que tem uma infinidade de coisas acontecendo, muito acesso a informações em primeira mão e um milhão de diferentes fontes de estudo. O lado negativo é que talvez seja o lugar mais competitivo do planeta para artistas (…) É um mar de gente muito talentosa que apostou a vida nessa de ‘dar certo’, que é uma expectativa que pouquíssima gente no nosso circuito independente brasileiro tem. A diferença de mentalidade é chocante. Não existe essa ideia de comunidade, de um pelo outro, de ‘vamo a’” com que a gente encara nossas roubadas tocando no Brasil. É um ambiente muito, mas muito mais individualista, ambicioso, que coloca muito mais coisas em jogo”. 

https://www.youtube.com/watch?v=rK4HbXcNO4o

Jair Naves precisava sobreviver e pagar contas, e a diferença entre as moedas, com o real cada vez mais desvalorizado em relação ao dólar, fez com que ele percebesse que não seria lançando uma carreira como músico nos Estados Unidos que conseguiria se estabelecer imediatamente. Mantém no Brasil todos os artistas e instrumentistas com quem trabalha em seu projeto solo e tem como base fundamental sua vontade de se expressar na escrita, na criação de textos em língua portuguesa. “Essa barreira idiomática é enorme, especialmente nos países anglófonos. Então, desde que eu vim pra cá, volto ao Brasil e fico lá por um curto período de tempo duas ou três vezes por ano para tocar minha carreira. No resto do tempo, tô por aqui tentando fazer essa transição rolar e aprendendo coisas novas, estudando, tentando evoluir enquanto artista”.

A pandemia chegou em meio ao processo de desenvolvimento do novo álbum, quando as sessões nos estúdios tiveram que ser interrompidas. Jair também teve shows cancelados, sendo que em um deles pretendia lançar o “Rente” em um formato físico inédito, mas até mesmo a produção e a fabricação foram pausadas. “Por aqui, já é dado como certo que não haverá apresentações ao vivo em 2020. Até onde eu sei, muitas das casas de shows de menor porte estão vivendo de doações e campanhas beneficentes, como o Bootleg Theater, por exemplo, que fica perto de onde eu moro e é um dos meus lugares preferidos da cidade. O mesmo vale para cinemas menores e teatros”.

Foto de Jair Naves em seu Bandcamp, onde lançou Irrompe durante o isolamento nos EUA

Jair se inscreveu para receber um tipo de auxílio emergencial do governo, e fala que iniciativas como editais de emergência não são muito esperadas pelas pessoas do mercado da música que ele tem contato em Los Angeles. O que ele percebe de alternativas que estão sendo testadas vieram de companhias como a Patreon, que ele cita, em que fãs pagam mensalidades em troca de acesso à conteúdos exclusivos produzidos pelos artistas. Sobre as transmissões ao vivo pelo Instagram, ele observa que aos poucos as pessoas foram deixando de fazer. “Imagino que seja tanto pelo desgaste do formato quanto pelo fato de não ser remunerado”. 

Por enquanto, ele considera difícil que haja uma solução que consiga substituir a renda dos shows, e também faz crítica ao retorno monetário das reproduções nas plataformas por streaming. “Venda de merch talvez seja a melhor alternativa, mas ainda assim precisamos considerar o cenário de recessão que se aproxima num futuro muito próximo. Sabe-se lá se as pessoas terão dinheiro para comprar discos, camisetas e afins. Resta torcer para que surja alguma opção mais recompensadora, e que seja rápido”.


LaBaq, cantora e compositora brasileira passou boa parte da quarentena em Roma, na Itália. Sua residência oficial é em Portugal, porém sua cidadania é italiana. Ao voltar para o país a fim de resolver assuntos de seu passaporte, ficou impedida de voltar. As fronteiras se fecharam e os voos foram cancelados. Por conta da pandemia, teve cerca de 15 shows caíram. “Basicamente não tenho shows mais esse ano [2020]”, disse em abril. E dois novos singles, que seriam lançados com videoclipe, foram adiados. “Ficou impossível gravar qualquer coisa agora, claro. Estou junto dos meus selos tentando pensar estratégias para continuar fazendo a roda girar, ainda é meio incógnita como podemos fazer isso”.

LaBaq faz parte do selo português Omnichord Records, que inscreveu seus artistas em iniciativas para conseguirem sobreviver na crise. “A associação de direitos autorais do país forneceu auxílios, existem iniciativas juntando marcas e projetos pedindo apoio, tem muita organização ali”, conta. LaBaq percebe que os artistas estão lutando pela cultura e para o governo atender às necessidades da classe. “Vendo com um olhar de quem é de fora, eu vejo uma esperança muito maior para Portugal – a curto prazo – do que para Espanha, Itália ou Brasil. Eles fecharam tudo a tempo de não terem muitos casos, também conta que é um país pequeno, então tudo isso acredito, contribui para essa organização – também para o medo”. 

https://www.youtube.com/watch?v=Kfzo3cBmH0o

Na Itália, ela observou que diante de um completo colapso, a classe artística sequer foi mencionada em declarações oficiais. “Dá pra entender quando a gente reflete que a Itália nunca se levantou muito bem da crise de 12 anos atrás, então eles definitivamente não saberiam lidar com esse momento”, diz ela em relação à crise bancária italiana que começou em 2008. “A classe artística está contando consigo mesma para passar por essa, bem igual ao Brasil”. Os artistas italianos da cena indie / eletrônica / alternativa, com quem ela tem contato, estão fazendo lives e seus lançamentos foram paralisados. “É muito difícil atuar num país tão afetado pelo vírus e a crise que vem em cima disso. É um país devastado”, diz.

LaBaq (Larissa Baq) no período de isolamento que passou em Roma, Itália.

Ela destacou algumas alternativas feitas por festivais de música. Em maio, por exemplo, LaBaq estava no line-up do “Orelhas de Molho”, de Porto Alegre. O festival lançou uma campanha de financiamento coletivo e distribuiu o valor arrecadado entre todos os artistas que tocaram via transmissão ao vivo. Ela cita como boa estratégia o Play It Safe de Portugal. Uma parceria entre artistas independentes, a agência Gig Blub e o selo Omnichord Records que criou uma plataforma de shows, com agenda fixa e previamente divulgada, e fácil possibilidade de colaborar com doações dos fãs. Diferente da maioria, somente o áudio dos shows são divulgados. Como um disco ao vivo. Ouça o concerto da LaBaq, direto de Roma, aqui.

“Os números no Spotify de todo mundo caíram bastante, a gente fica pensando em mil coisas para subirem, apelando para o público, mas todo mundo sabe que daí não vai vir muita coisa. Ao mesmo tempo, ganhar em dólar agora é bem bom, porque está altíssimo. Enfim, tem mil ideias legais. É ter força e dedicação para conseguir seguir em frente quando tem tanto caos ao redor. Desejo muita força a vocês e a quem lê aqui”.

Referências: 

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/02/venda-de-musica-nos-eua-bate-recorde-de-13-anos-com-surto-de-streaming.shtml

https://artists.spotify.com/blog/spotify-covid-19-music-relief

https://oglobo.globo.com/cultura/lei-aldir-blanc-entenda-como-funciona-quem-pode-ser-beneficiado-24461995

Carime Elmor é jornalista e toca bateria despretensiosamente na Olympia Tennis Club.

carimelmor@gmail.com
carimeelmor.com

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